ROSE PINHEIRO
( Pará )
Rose Pinheiro nasceu em Marabá-PA. É formada em Administração de Empresas pela UNOPAR- Universidade Norte do Paraná,poetisa,escritora,artísta plástica. Autora dos livros “ Cárcere de uma Paixão e Sensibilidade e Erotismo da Alma”,com vários livros inéditos entre eles poesias infantis.
Membro da AESSP ( Associação dos Escritores do Sul e Sudeste do Pará),participa de movimentos Literários como Sarau Viajante e Sarau da Lua Cheia.
Participa também de palestras literárias em escolas públicas e particulares no incentivo a leitura aos jovens e crianças. A autora é também ilustradora de seus livros infantis.
Rose sente um enorme prazer em escrever para o público infantil, contar histórias e falar da importância e os benefícios que a leitura pode nos proporcionar. Participou de um bate papo literário no SESC para crianças da Escola José de Sousa no dia Internacional do livro. Participou das Antologias Vozes do Sarau e I Anuário Paraense de Poesias com vários escritores do Sul e Sudeste do Pará. Ministrou uma oficina de reciclagem no Instituto Cultural Hozana Lopes de Abreu.
Participou de uma exposição de suas artes na Escola Plínio Pinheiro e no Pólo da UNOPAR em Marabá,tem obras de artes em Belém do Pará, Goiânia e França.
Biografia e foto: http://rosepinheiromaraba.blogspot.com/
VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSE. Airton Souza organizador. Belém: Arca Editora, 2021. 221 p. ISBN 978-65-990875-5-4
Ex. Antonio Miranda
Voz que cala, colhe a tempestade
Voz que cala, colhe a tempestade
Trazendo consigo
Um tsunami de maldade.
Sob o silêncio amargo
Da vida corre em lágrimas
Os destroços de um coração vazio
Sangrando ao avistar o rio.
Entre as correntezas desce
A desilusão de um eito sufocado
Em cárcere o coração tenta
Sobreviver todo sucateado.
Ainda que a memória de um
Sentimento rustico tenta resistir
Sob a muralha montada por uma
Tempestade furiosa.
A carne tremula na tentativa
De resistir seus medos diante da luz
Crava no centro do coração a lança,
O corpo aos pouco a engole.
Olhos camuflados ao ódio
Suas mãos tentando resistir
Na boca que abre
Ecoa o deus da tempestade
Submerso a água cristalina.
Sob o teto invisível
Sob o teto invisível a solidão cai
Deixando sua pegada
Avida relatada ao medo
Como uma nuvem de fumaça.
Assim chora o coração
Daqueles que andam sem direção
Travando uma batalha crua
Incinerando sua mente.
Caminhando sobre uma trilha de espinhos
Laminando a própria alma
Evocando a morte
Sonhos amordaçados.
A visão embaçada de um templo inabitável
Ainda sente o cheiro do vento,
Que traz a memória do passado.
Acalentando a dor
Mãos calejadas ao sinal dos tempos
Marcando a passagem de um ser
Em sua luta diária até o anoitecer.
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Página publicada em março de 2022
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